domingo, 29 de agosto de 2010

a Barata do azar

Quando deram as doze badaladas não sabemos o que estava a acontecer mas provavelmente estávamos naquela parte do dia/noite em que ouvíamos fados deprimentes, com pessoas deprimentes.
(...)
De seguida, acabaram os fados deprimentes e ficámos finalmente sozinhas, pensando que tinha chegado a hora de encontrarmos pessoas não-deprimentes. Béu, béu… Tiro ao lado. A música ficou ainda mais deprimente, num sítio deprimente com pessoas deprimentes. Ah… E pessoas deprimentes. Muito deprimentes. Será que reforçámos bem a ideia de deprimência?!
Foi então que decidimos ir para casa. Maldita hora: 3.30h, uma hora e meia mais cedo do que era previsto. Sentámos à porta, à espera que passasse alguma refeição, nem que fosse umas aguinhas (lol). Mas pimba catrapumba… A música deprimente ouvia-se em casa e se queríamos gente não-deprimente, nem gente deprimente aparecia. Entrámos em casa. (...) e a Borboleta berrou: UMA BARATA NO QUARTO! – voando ao encontro da Joaninha. Ahahah. Mas ela não acreditou e foi toda lâmpera, para o quarto. E eis que a barata caminha na sua direcção e ela só diz: Vamos embora de casa! Rápido! – voando ao encontro da Borboleta. (...) Mal pusemos o cu fora de casa: Ping, ping, ping! – começa a chover, em pleno verão no Algarve! Que sorte a nossa…

Acabámos deitadas sob uma esteira à entrada de casa. (...) As horas passavam, o frio aumentava, o sono crescia e deprimência continuava. Mas o mau estar instalou-se em nós. (...) Ganhámos a coragem de umas BIGS Leoas e (...) Tantarantantan… Lembrámo-nos de ir para o carro da nossa tia tentar dormir. Mas foi em vão. Porque afinal de contas quem é que de madrugada se mete num carro a fim de dormir?
 
E isto foi o início de um dia cheio de azar, daqueles em que mais valia não ter saído da cama. Aí está o problema, nós nem entrámos.

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