segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

carta para a minha inconsciência

Pedes-me para contar as estrelas e eu conto, perdida entre brilhos fumegantes. Fazes-me percorrer montanhas entre lágrimas e empurras a minha mão sobre a pele molhada para as secar. Corres de um lado para o outro e deixas-me sorrir sorrateiramente, enquanto sonhamos com as impossibilidades que me ensinaste a amar. E depois vamos por aí ver as cores. Das pessoas apressadas, dos beijos apaixonados, das lutas despropositadas, das árvores que nos abrigam e da chuva que cai sobre nós. E se por vezes, encharcada em sonhos e caravelas aportadas, deixo os pés enterrados no caminho enlameado é porque sei que tu me salvarás. Então fico imóvel à tua espera, à espera que leias em voz baixa a peça que sempre escrevemos juntas. Eu sei que, ao contrário de mim, tu nunca te perderás entre as reviravoltas do nosso guião.
Tu serás sempre o ponto que me sussurra a fala seguinte. E em troca, eu apenas terei de viver cada cena da nossa história. 

3 comentários:

  1. visto que mudei o url do meu blog, penso que não aparece os textos que publico na vossa página, portanto agradeço aos interessados para actualizar o meu url. obrigada, http://followyourheartwithoutlookingback.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  2. adorei.
    O blog está lindo. Vou seguir-te ;)

    ResponderEliminar