sábado, 12 de fevereiro de 2011

máscaras no chão!

Nunca foste os passos de mansinho à meia-noite. Nem as gargalhadas no regresso a casa. Mas nós dizíamos que sim - Inocentes!
Na verdade, vestíamos a máscara da felicidade enquanto fingíamos conversas envoltas em algodão doce. E juntos caminhávamos com os corações apertados de esperanças incalculadas e fiascos de quem olha o futuro. Mas aquela felicidade dissimulada de quem vive  sem se preocupar com o futuro não era nossa. Porque é que nos esforçámos tanto para transparecer uma segurança que nenhum dos dois sentia? Porque é que não nos abraçámos e chorámos a dor de saber que nos perderíamos em breve?
Agora ai estás tu, tão longe. E aqui estou eu, à espera que a minha meia-noite chegue sem máscaras, espelhe a lua e se transforme no meu amanhecer longe de nós.

1 comentário: