Saiu cansada do café e soltou o cabelo. Como se soltar o cabelo lhe soltasse a alma farta da vida a que a amarraram! E lá estava Ele, do outro lado da estrada, a tocar a sua guitarra sem nunca se cansar, como sempre. Talvez fosse isso que a fascinava, aquela alegria de quem luta sem desistir depois de perder, aquela coragem em forma de música. Olhou o relógio, estava na hora de voltar ao trabalho. É impressionante como o tempo corre quando se está do lado de fora do café! - suspirou, olhando mais uma vez o rapaz do outro lado da estrada. Apanhou o cabelo num rabo-de-cavalo irrepreensível e voltou para dentro.
- É uma torrada e um sumo de laranja, sff.
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