sábado, 26 de março de 2011

lembranças felizes

Deu-me uma súbita lembrança de tudo. De toda a minha vida. De tudo o que já passei com eles, elas, convosco e com os outros. Foi como se estivesse a reviver tudo na terceira pessoa. E durante toda a tarde assim foi... Desde fotografias em pequenina, a recortes de um passado mais próximo, passando também por breves idealizações futuras com direito a tudo de bom e do melhor.
Recordei todos os nossos momentos, um por um como se os tivesse a viver de novo. A nossa música soava como fundo e a nossa vida passava-me em frente dos olhos e bem perto do coração. Não consigo sentir-me melancólica por ter a noção que isto tudo são apenas recordações ou lembranças, por saber que o seu relato é feito no passado e jamais será, de novo, feito no futuro. Não consigo. E, em contrapartida esboço aquele sorriso que só tu causavas, aquele que tu tanto gostavas de observar e partilhavas comigo todos os dias. Isso é bom. É muito bom. Eu não choro porque acabou mas sorrio porque aconteceu. Prefiro assim. Prefiro ter tido e já não ter do que nunca ter tido para que não conhecesse o seu fim. A melhor maneira de ser infeliz, é evitar a felicidade com medo que ela acabe. E nós não evitámos, fomos felizes e mesmo que já não o sejamos juntos, vivemos a melhor vida possível, lado a lado. Eu sei disso e, apesar de tudo, orgulho-me de tal.

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