quarta-feira, 18 de maio de 2011

Desafia-te #1 - chegou!

É com muito gosto que vos apresentamos as participações que chegaram até nós, através do desafia-te #1. A partir de hoje e até ao dia 5 de Junho irá decorrer uma votação para elegermos a quem corresponde cada um dos lugares do pódio. Deixa o teu voto!



Era o cheiro a relva molhada que a mantinha ali, mesmo quando ele não estava. Por isso, ia seguindo as nuvens lá em cima, com uma precisão atroz, até os olhos se cansarem e ser preciso pestanejar. Arranhava-lhe o coração vê-las a afastarem-se e a mudarem de forma com uma rapidez insensível. Mas depois fechou os olhos. De repente a vida fazia sentido assim, uma dança de espíritos livres ao vento. Talvez ainda precisasse daquela brisa a bater-lhe levemente na cara. Talvez ainda não estivesse na altura de lançar âncoras num sítio e chover. Talvez ele não fizesse falta ali.
da Girl in Motion (Mais uma Bola de Sabão)



dizias maravilhas delas. a mim sempre me meteram um bocado de medo confesso. pronto talvez não fosse medo delas mas sim de onde se encontravam. via-as tão distantes, e por vezes tão escuras e carregadas... nunca despertei curiosidade por tal. mas tu, sempre tu, como em tudo o resto, lá me obrigaste a reparar nelas. deitaste-te e pediste-me que fizesse o mesmo sobre ti. foi então que coloquei a minha cabeça na tua barriga, e ambos com elas para o ar olhamos bem fundo. de facto eram bem mais que branco sobre tela azul. eram corações, dinossauros, tartarugas, e houve até mesmo uma que parecias tu. desde aí comecei a aprecia-las. partis-te e hoje todas se parecem contigo. adoro quando se fundem umas com as outras e mais tarde esfumam-se pelos quatro cantos do céu. aí parecem-se connosco.
da sara oliveira (gritos mudos)



Deitei-me. De barriga de frente para o sol, a sentir a areia tocar-me nas costas semi-molhadas, com a cara encharcada de sorrisos. Desliguei-me de tudo o resto, falavam-me e não ouvi, tocaram-me e não senti, riram-se e nem me comovi. Estava eu, eu e as nuvens, eu e a imaginação. A verdade é que quando me deixo envolver pela tranquilidade do céu, nada me interrompe. Nada, nem mesmo uma chuva de meteoritos, uma queda de água apartir do sol, muito menos as gargalhadas das pessoas presentes naquela praia.
E eu, em conjunto com o sussurrar das ondas, começo a moldar as nuvens. E crio-nos. Um para o outro. Uma nuvem com a outra. E moldo-nos também. Ninguém me tira esse poder. Eu sou o dono dos céus. E assim sendo, junto-nos. Eu para ti, tu para mim. Nuvens, brancas, como a serenidade, juntas, como os nossos corações. Assim, com este grande poder, eu verifico a qualidade das nuvens, a sua textura, a sua resistência, e tudo em pensamento. Unicamente em pensamento. Contornando as nossas sombras disfarçadas de nuvens, vivi o que não posso viver na realidade, e encaminhei-nos a caminho do sol… Íamos devagar, de mãos dadas, através de um caminho de nuvens doces e claras, com aviões, gaivotas e andorinhas a interferir de bom agrado na nossa caminhada. E juntas ficaríamos, enquanto o dia nos permitisse e a noite não nos interrompesse.
Este é o poder da transformação das nuvens quando fica em harmonia com a nossa imaginação. E naquela praia, a minha harmonia casou-se com a transformação das nuvens. Mas tudo não passou de um “estou nas nuvens”.

2 comentários:

  1. Olá! :)
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